lundi 25 avril 2011

Cordel Sincero

*
*
*Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.*
**
*Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.
e refiro ao brasileiro
*
*Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.
*

*Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a *mediocridade*
Unida à *banalidade*
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de *vulgaridade*
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM
Salvador, 20 de fevereiro de 2011.

*

jeudi 14 avril 2011

Vinda a SP

Ontem foi o último dia do processo seletivo do mestrado da UFABC. Não gostei da entrevista, senti que os questionamentos estavam muito mais em torno da minha vida pessoal do que do meu projeto... gostaria que tivesse sido o contrário. Senti culpada de ter vindo de Floripa para cá para pegar a vaga de alguém, mas isso não existe na pós graduação em lugar nenhum, ou eu poderia surtar por concorrer com gente do Piauí, ou Ceará, eu mesma fui fazer graduação em outro estado, que bairrismo! foda! se mestrado é só um ano de disciplinas e um de dissertação não me parece um sacrifício tão grande assim vir para SP, pareceu que eu tava mudando o resto da vida...
me senti vetada do direito de escolha, péssimo...

sobre SP, me incomoda a qtde de gente, o cheiro de xixi na rua (que com certeza deve ser pior em Recife, pelo que ouço dizer), a lonjura próxima, o ciclo, a esperteza do paulista que caçoa dos mais tolos (eu tenho direito de dizer isso pq sou paulista, mas ando meio tancinha mesmo) mas em compensação as pessoas são gentis, expressivas, me parecem mais felizes mesmo com as muitas dificuldades, o que é lindo é este movimento constante, do lance da capital, de tudo ser mega acessível, tipo na esquina da casa da minha tia tem mercado, padaria, açougue, do jeito que eu falo até parece que moro no interior, mais a capital de lá é mais província..

bom, vejo que o preconceito está em todo lugar, contaminando o centro ou a periferia, mil preconceitos, mil situações constrangedoras, talvez este seja o grande lance da vida, saber se defender quando te machucam e depois não achar que isso é pessoal para continuar vivendo, parece meio cristão, eu confesso que acho cretino dar a outra face, mas a gente tem que sair de casa todo dia para dar a cara para baterem, trash!

esse negócio de mestrado é sempre uma %&*&$#$ mesmo